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Avaliadores destacam qualidade dos trabalhos da XI Jornada de Iniciação Científica do Ifes

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Publicado: Terça, 25 de Outubro de 2016, 13h47 | Última atualização em Terça, 25 de Outubro de 2016, 13h47

A equipe de avaliadores da Jornada de Iniciação Científica, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) composta por docentes da instituição, e por pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), destacou a qualidade dos trabalhos e segurança dos estudantes nas apresentações que aconteceram nos dois dias de evento.

Os trabalhos foram apresentados nas tardes dos dias 18 e 19 de outubro, no Campus Venda Nova do Imigrante. Ao todo estavam inscritos 469 trabalhos, sendo 349 na forma de pôster, 48 na forma de apresentação oral e 18 na forma de produto, e 54 trabalhos em forma de maquetes, experimentos e protótipos da EcoIfes, feira realizada paralelamente à Jornada de Iniciação Científica.

Para Maria da Penha Angelletti, pesquisadora do Incaper há mais de 30 anos, os trabalhos têm objetos muito pertinentes. “Avaliei projetos nas áreas de reaproveitamento de resíduos e de diversificação de culturas. São áreas que realmente estão em alta e precisamos desenvolver. Estou muito satisfeita em participar do evento”, comentou.

O professor Admildo Costa Freitas, do Campus Venda Nova do Imigrante, também destacou esses aspectos. “Avaliei trabalhos da área de Química. Os estudantes se mostraram seguros e a qualidade técnica foi, de forma geral, muito boa”, afirmou.

A pró-reitora de Ensino do Ifes, Araceli Veronica Flores Nardy, comentou sobre a importância da Iniciação Científica no desenvolvimento do saber científico. “Nas apresentações orais pude perceber que os alunos conseguiram aprender, isto é, errar e acertar, por meio da investigação, da pesquisa. E isso é muito valioso para a vida deles”, explicou.

Para o diretor de Pesquisa do Ifes, André Assis Pires, o feedback positivo reflete a evolução da área na Instituição. “Os trabalhos qualificados demonstram como a pesquisa tomou corpo, se desenvolveu e ganhou espaço dentro do Ifes. Para o ano que vem temos a expectativa de receber 600 trabalhos. Estou muito satisfeito, é uma oportunidade de mostrar para toda a sociedade o que o Ifes tem feito em pesquisa”, comemorou.

Estudantes da escola estadual Fioravante Caliman visitaram a jornada e acharam os projetos muito interessantes, principalmente os ligados à sustentabilidade. O estudante Alexsandro Broedel destaca o preferido. “Gostei muito do que mostrou a geração de energia por meio de uma manivela, da feira Ecoifes”, comentou.

A estudante do Campus Piúma, Mariana Rodrigues, que participa pela primeira vez da JIC do Ifes com uma apresentação em forma de pôster, disse que adorou a experiência e que tem interesse de continuar. “Estou achando muito interessante o evento. Realizar uma pesquisa me despertou um interesse pela área. Quero participar sempre”, afirmou.

Conheça alguns projetos da XI Jornada de Iniciação Científica e do EcoIfes

Desempenho agroeconômico do consórcio alface lisa com cebolinha em sistema orgânico de produção
Sandy Queiroz – Tecnologia em Cafeicultura/ Campus de Alegre

A estudante pesquisou qual era o melhor resultado em produtividade no consórcio no plantio das culturas de nabo e cebolinha. Após os testes o melhor resultado se deu com o plantio de 75% de nabo e 25% de cebolinha. “É a primeira vez que participo de uma pesquisa. Estou animada para seguir a carreira acadêmica”, contou.

A energia da torcida
Valber Marques, Eric Bernardes e Deusdete Zandonade – Tecnico em Administração/ Campus Venda Nova do Imigrante
projeto energia
Os estudantes criaram um sistema de gotejamento no subsolo para estádios de futebol, que seria movido a partir da energia de cadeiras adaptadas. “O ato de sentar e levantar das cadeiras gera uma energia capaz de manter o sistema”, explicou o estudante Eric Bernardes. De acordo com ele, a irrigação feita por meio de aspersores desperdiça em torno de 50% de água, que acaba evaporando, sendo levada pelo vento ou virando umidade.

Desenvolvimento de uma plataforma robótica para interação com usuários em um Espaço Inteligente
Lara Pertel e Lara Marchesi – Engenharia Elétrica/ Campus Guarapari
projeto robo
O projeto Integra harware e software para que o robô interaja com o espaço inteligente e com os comandos que podem ser dados via celular ou notebook

Do "tempo-livre" ao uso do lazer: possibilidades sociais e fruição da cultura
Heitor Passos Alves – Técnico em Administração/Campus Montanha
projeto lazer
Teve o objetivo de conhecer as práticas de lazer dos estudantes do campus e também de municípios vizinhos. A pesquisa identificou a falta de políticas públicas voltadas para o lazer. A ideia agora é propor atividades para os intervalos das aulas.

Otimização de energia e água para processos de limpeza de leguminosas
Vitor Pizzol Andrade, Gabriel Souto Peres – Técnico em Agroindústria/ Venda Nova do Imigrante
projeto inhame
O projeto indica soluções sustentáveis para o processo de lavagem de inhame, com a utilização de energia solar para o maquinário; e processos de decantação de filtragem para tratamento de água e reuso. Os estudantes levantaram os custos dessas modificações e chegaram à conclusão de que em 7 anos o retorno do investimento será dobrado.

Implementação de um medidor monofásico de Watt-hora adequado à RN no. 502 da Aneel
Daniel Campos Pompermayer – Engenharia elétrica/ Campus Serra
projeto medidor
O projeto prevê a criação de um medidor bidirecional de energia, que deve ser utilizado por todas as pessoas quem possuem geração de energia em casa. Segundo o estudante, não existe nenhuma opção brasileira deste tipo de medidor no mercado brasileiro, apenas marcas internacionais. O produto ainda não está finalizado, mas o estudante apresentou como foi feita a programação interna.

Laboratório de Análise e Pesquisa em Café
Campus Venda Nova do Imigrante
projeto cafe
Os bolsistas do laboratório, que é coordenado pelo professor Lucas Louzada, do Campus Venda Nova do Imigrante, também participaram da Jornada de Iniciação Científica, mostrando como é feita uma avaliação sensorial da bebida, atividade que eles já realizam com os produtores da região. Os estudantes apresentaram três perfis de café arábica e dois de conilon. “Nosso objetivo é mostrar para as pessoas e para os produtores o que é um café de qualidade, a ideia é que eles percebam as diferenças”, comentou o estudante João Paulo Marcate.